quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Saudades de tudo.


O amor cria oportunidade de amar várias vezes. Foi isso que Mariana, filha de um casal judeu, fez durante três anos. Ela era uma menina pobre, morava no sul do Brasil, no estado de Rio Grande do Sul, na capital. Era uma menina feliz e não sabia. Quando Mariana completou seus 12 anos, a família resolveu mudar de lugar. Foram morar na cidade do Rio de Janeiro, onde ficava Copacabana, Cristo Redentor, Pão-de-Açúcar, e outras coisas turísticas, uma das mais importantes do mundo. Mariana era uma criança bem feliz quando se mudara pra uma das metrópoles do Brasil. Ainda brincara de boneca e ainda gostara de músicas infantis. Quando, ao ir para a futura escola onde estudaria com a mãe, para se matricular, viu um garoto no pátio dessa escola. Ela, esperando a mãe a matricular na escola, foi falar com o garoto. "Oi, como você se chama?", fora o que mariana havia perguntado para o garoto, que a havia lhe respondido com um simples olhar e lhe dizendo o nome, que era Ricardo. Os dois ficaram conversando praticamente a tarde inteira, até a mãe terminar de fazer a matrícula. Ao terminar de fazer a matrícula, Izabel, a mãe de Mariana, a havia procurado por toda a escola, que por sinal era grande. Ao ver que sua filha estava conversando com um estranho, gritou-a: "Mariana, já pra casa! Terminei de fazer sua matrícula, vamos embora!". A garota não foi embora de imediato. Pediu o telefone de Ricardo. No dia seguinte, Mariana ligou para Ricardo e ficaram conversando durante horas no telefone. Escondida da mãe, Mariana marcou um encontro com Ricardo no shopping. E neste dia Ricardo a pediu em namoro. Ela aceitou e os dois se beijaram. Mariana beijou muito bem, para quem nunca tinha beijado ninguém, para quem nunca tinha amado nem gostado de ninguém. No primeiro dia de aula daquele ano Mariana avistou Ricardo de longe, que era de duas séries avançadas da dela. No recreio, ficaram conversando, durante os 30 minutos inteiros. E assim eram as vidas dos dois até ela completar 15 anos. A mãe de Mariana já sabia da história toda e o convidou para dançar com a filha na festa de debutantes dela. Os dois dançaram lindamente naquela noite, sendo que no dia seguinte Mariana acordou aos braços de Ricardo. Os dois haviam tido a sua primeira vez, embora nenhum deles sabiam como tinha acontecido aquilo. Duas semanas depois Mariana descobriu que estava grávida. Ela havia contado logo pra Ricardo ao descobrir, sendo que ele a abandonara. Mariana completou 20 anos, cheios de mágoas, com o filho de 4 anos para criar. Sua mãe havia morrido de desgosto pela filha e Ricardo nunca mais aparecera. Um dia, ao levar o filho ao médico, Mariana havia visto uma pessoa que parecia aquele amor que ela havia perdido à cinco anos. Pois era. Os dois se reconheceram, e, em prantos, Ricardo a abraçou. Os dois viveram felizes, até o dia que Ricardo morre, aos braços de Mariana. Ela, desesperada, não sabendo o que fazer, quase enfartou na hora. Dois dias depois, no enterro, ao jogar a rosa de despedida, Mariana desmaia. Ela é levada ao pronto-socorro mais próximo, e, naquela noite, Mariana havia deixado seu filho, de 7 anos. Mariana havia falecido. O filho de Mariana viveu nas ruas, abandonado, carente, sem ninguém. Hoje, Pedro, filho do casal, é um grande médico, pois o amor que os pais tinham um pelo outro ajudou, lá de cima, o filho a ser alguém na vida.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Quando o amor realmente existe.

Narração | Yasmin | Pedro | Mãe de Yasmin | Pai de Yasmin


Na noite de 24 de julho de 2000 Yasmin, que tinha 12 anos, estava sozinha num lugar estranho, à espera de um trem, do trem da noite. Pedro era um garoto rico, que morava perto da estação de trem e por acaso ele estava andando por perto quando viu Yasmin.

Olá! O que faz essa garota tão linda sozinha por aqui?


Eu espero o trem que está por perto. E você, o que faz aqui?


Pedro foi discreto, pois ele estava com armas para levar ao amigo de seu pai, de trem também. Os dois entraram e ficaram conversando durante horas. Trocaram telefone e endereço, e os dois, logo naquela noite ficaram grandes amigos. Quando Pedro desceu do trem, Yasmin viu que ele estava com armas e foi perguntá-lo o que era aquilo.

Yasmin querida, não é nada. São de brinquedos, pois eu vou entregá-las ao meu amigo, peguei emprestadas deles ontem de manhã, e irei entregá-las hoje.


Yasmin, que não era boba nem nada ficou indignada com aquilo. Quando chegou em casa, comentou com os pais, cuja eram super conservadores.

Filha, como você deixa isso acontecer? Você se torna amiga de um marginal!


Filha, você está de castigo!


Mas... Mas... Mas pai...


Nada de mais, já pro quarto, Yasmin!


Yasmin ficou de castigo durante uma semana, sem poder sair do quarto e nem ao menos pegar o telefone. No dia seguinte, Pedro liga pra casa de Yasmin e quem atendeu foi a mãe.

Alô, poderia falar com Yasmin?


Quem deseja?


Pedro, um amigo dela.


A mãe, que já sabia da história toda, dispensou o garoto e disse que não havia nenhuma menina chamada Yasmin naquela casa, mas Pedro não acreditou. Na tarde daquele dia, Pedro vai até a casa de Yasmin e vê que uma janela (justamente a que era do quarto onde Yasmin estava trancafiada) estava aberta, e ele pula a árvore e entra na casa. Logo ele vê Yasmin, que o abraça chorando e diz que eles dois não poderiam mais se encontrar. Pedro vai com Yasmin para longe, sem os pais desconfiarem. Lá, Pedro pede Yasmin em namoro, logo eles se beijam e começam um lindo caso de amor. Yasmin volta pra casa a noite, sendo que os pais nem desconfiaram que ela saiu. Então ficou essa rotina: Pedro ia todo dia pra casa de Yasmin e a levava pra um lugar diferente, todo dia. Isso durante dois anos, sem os pais desconfiarem. Numa dessas idas para cada lugar diferente, Yasmin sofre um acidente. Yasmin cai da garupa da moto do pai de Pedro e ela para em um rio, no dia 30 de outubro de 2002. Pedro se desespera, chorando, leva Yasmin para sua casa, onde a mãe de Pedro cuida dela. Nesta mesma noite, Pedro leva Yasmin para casa dela, mesmo sem ela saber, e ela não estava acordada, estava desmaiada. No dia seguinte, o pai de Yasmin vai vê-la no quarto e vê que ela estava desacordada.

Mulher, venha cá! Yasmin está desacordada, o que fazemos?


O quê? Como? Ela não saiu de casa ontem, como isso pode ter acontecido?


Yasmin entra em coma dois dias depois, e fica neste mesmo estado durante cinco anos. Depois disso, Yasmin morre, aos braços de seu pai. Pedro já estava casado, com três filhas, cuja uma delas o nome era o mesmo da amada que tinha morrido: Yasmin. Quando Pedro soube da notícia da morte de Yasmin, ele foi para o cemitério levar flores para o túmulo dela, e lá mesmo ele vê uma visão, vê Yasmin, quando moça, na garupa da moto dele, aos beijos. Nisso Pedro descobre que realmente ama Yasmin. No dia 24 de julho de 2010 Pedro morre.





quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sentimentos, fragmentos de amor.


Tem certas coisas que não sabemos o que é realmente. Quando amamos uma pessoa na dúvida, se realmente amamos. Quando sentimos ciúmes parece que o mundo vai desabar sobre as nossas cabeças, quando ficamos tristes por esses amores não correspondidos a gente tem vontade de se matar. O que passar realmente dentro de um coração nesse momento? O que passa realmente dentro da mente da pessoa enquanto a outra está brigando, ou mesmo parando de falar com a outra? É difícil... Tudo isso são sentimentos cuja não podemos administrar, muito menos dominar. É duro essa vida de amar demais, é muito duro ouvir das pessoas que a gente realmente ama coisas desagradáveis. Amores não correspondidos, ou mesmo brigas com pessoas que a gente ama demais magoam o coração da gente. Cada vez mais ele fica mais frágil do que nunca, cada vez mais ele fica mais frágil e mais doente, e quando tudo volta ao normal começa a insegurança de que essa outra pessoa faça a mesma coisa. Assim começa tudo de ruim de novo, até que novamente aconteça tudo novamente. É duro demais pra uma pessoa viver isso toda hora. Refletindo assim eu nem sei mesmo como eu estou de pé aqui, completamente vivo, por fora inteiro, mas por dentro cheio de feridas incuráveis, que nunca irão se curar, feridas que às vezes ficam expostas ao mundo, não sei como eu permaneço vivo. Agora eu me calo, volto a sofrer com esses sentimentos e fragmentos de amor. Volto a chorar, a me torturar, me fazer sofrer cada vez mais.