quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Saudades de tudo.


O amor cria oportunidade de amar várias vezes. Foi isso que Mariana, filha de um casal judeu, fez durante três anos. Ela era uma menina pobre, morava no sul do Brasil, no estado de Rio Grande do Sul, na capital. Era uma menina feliz e não sabia. Quando Mariana completou seus 12 anos, a família resolveu mudar de lugar. Foram morar na cidade do Rio de Janeiro, onde ficava Copacabana, Cristo Redentor, Pão-de-Açúcar, e outras coisas turísticas, uma das mais importantes do mundo. Mariana era uma criança bem feliz quando se mudara pra uma das metrópoles do Brasil. Ainda brincara de boneca e ainda gostara de músicas infantis. Quando, ao ir para a futura escola onde estudaria com a mãe, para se matricular, viu um garoto no pátio dessa escola. Ela, esperando a mãe a matricular na escola, foi falar com o garoto. "Oi, como você se chama?", fora o que mariana havia perguntado para o garoto, que a havia lhe respondido com um simples olhar e lhe dizendo o nome, que era Ricardo. Os dois ficaram conversando praticamente a tarde inteira, até a mãe terminar de fazer a matrícula. Ao terminar de fazer a matrícula, Izabel, a mãe de Mariana, a havia procurado por toda a escola, que por sinal era grande. Ao ver que sua filha estava conversando com um estranho, gritou-a: "Mariana, já pra casa! Terminei de fazer sua matrícula, vamos embora!". A garota não foi embora de imediato. Pediu o telefone de Ricardo. No dia seguinte, Mariana ligou para Ricardo e ficaram conversando durante horas no telefone. Escondida da mãe, Mariana marcou um encontro com Ricardo no shopping. E neste dia Ricardo a pediu em namoro. Ela aceitou e os dois se beijaram. Mariana beijou muito bem, para quem nunca tinha beijado ninguém, para quem nunca tinha amado nem gostado de ninguém. No primeiro dia de aula daquele ano Mariana avistou Ricardo de longe, que era de duas séries avançadas da dela. No recreio, ficaram conversando, durante os 30 minutos inteiros. E assim eram as vidas dos dois até ela completar 15 anos. A mãe de Mariana já sabia da história toda e o convidou para dançar com a filha na festa de debutantes dela. Os dois dançaram lindamente naquela noite, sendo que no dia seguinte Mariana acordou aos braços de Ricardo. Os dois haviam tido a sua primeira vez, embora nenhum deles sabiam como tinha acontecido aquilo. Duas semanas depois Mariana descobriu que estava grávida. Ela havia contado logo pra Ricardo ao descobrir, sendo que ele a abandonara. Mariana completou 20 anos, cheios de mágoas, com o filho de 4 anos para criar. Sua mãe havia morrido de desgosto pela filha e Ricardo nunca mais aparecera. Um dia, ao levar o filho ao médico, Mariana havia visto uma pessoa que parecia aquele amor que ela havia perdido à cinco anos. Pois era. Os dois se reconheceram, e, em prantos, Ricardo a abraçou. Os dois viveram felizes, até o dia que Ricardo morre, aos braços de Mariana. Ela, desesperada, não sabendo o que fazer, quase enfartou na hora. Dois dias depois, no enterro, ao jogar a rosa de despedida, Mariana desmaia. Ela é levada ao pronto-socorro mais próximo, e, naquela noite, Mariana havia deixado seu filho, de 7 anos. Mariana havia falecido. O filho de Mariana viveu nas ruas, abandonado, carente, sem ninguém. Hoje, Pedro, filho do casal, é um grande médico, pois o amor que os pais tinham um pelo outro ajudou, lá de cima, o filho a ser alguém na vida.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Quando o amor realmente existe.

Narração | Yasmin | Pedro | Mãe de Yasmin | Pai de Yasmin


Na noite de 24 de julho de 2000 Yasmin, que tinha 12 anos, estava sozinha num lugar estranho, à espera de um trem, do trem da noite. Pedro era um garoto rico, que morava perto da estação de trem e por acaso ele estava andando por perto quando viu Yasmin.

Olá! O que faz essa garota tão linda sozinha por aqui?


Eu espero o trem que está por perto. E você, o que faz aqui?


Pedro foi discreto, pois ele estava com armas para levar ao amigo de seu pai, de trem também. Os dois entraram e ficaram conversando durante horas. Trocaram telefone e endereço, e os dois, logo naquela noite ficaram grandes amigos. Quando Pedro desceu do trem, Yasmin viu que ele estava com armas e foi perguntá-lo o que era aquilo.

Yasmin querida, não é nada. São de brinquedos, pois eu vou entregá-las ao meu amigo, peguei emprestadas deles ontem de manhã, e irei entregá-las hoje.


Yasmin, que não era boba nem nada ficou indignada com aquilo. Quando chegou em casa, comentou com os pais, cuja eram super conservadores.

Filha, como você deixa isso acontecer? Você se torna amiga de um marginal!


Filha, você está de castigo!


Mas... Mas... Mas pai...


Nada de mais, já pro quarto, Yasmin!


Yasmin ficou de castigo durante uma semana, sem poder sair do quarto e nem ao menos pegar o telefone. No dia seguinte, Pedro liga pra casa de Yasmin e quem atendeu foi a mãe.

Alô, poderia falar com Yasmin?


Quem deseja?


Pedro, um amigo dela.


A mãe, que já sabia da história toda, dispensou o garoto e disse que não havia nenhuma menina chamada Yasmin naquela casa, mas Pedro não acreditou. Na tarde daquele dia, Pedro vai até a casa de Yasmin e vê que uma janela (justamente a que era do quarto onde Yasmin estava trancafiada) estava aberta, e ele pula a árvore e entra na casa. Logo ele vê Yasmin, que o abraça chorando e diz que eles dois não poderiam mais se encontrar. Pedro vai com Yasmin para longe, sem os pais desconfiarem. Lá, Pedro pede Yasmin em namoro, logo eles se beijam e começam um lindo caso de amor. Yasmin volta pra casa a noite, sendo que os pais nem desconfiaram que ela saiu. Então ficou essa rotina: Pedro ia todo dia pra casa de Yasmin e a levava pra um lugar diferente, todo dia. Isso durante dois anos, sem os pais desconfiarem. Numa dessas idas para cada lugar diferente, Yasmin sofre um acidente. Yasmin cai da garupa da moto do pai de Pedro e ela para em um rio, no dia 30 de outubro de 2002. Pedro se desespera, chorando, leva Yasmin para sua casa, onde a mãe de Pedro cuida dela. Nesta mesma noite, Pedro leva Yasmin para casa dela, mesmo sem ela saber, e ela não estava acordada, estava desmaiada. No dia seguinte, o pai de Yasmin vai vê-la no quarto e vê que ela estava desacordada.

Mulher, venha cá! Yasmin está desacordada, o que fazemos?


O quê? Como? Ela não saiu de casa ontem, como isso pode ter acontecido?


Yasmin entra em coma dois dias depois, e fica neste mesmo estado durante cinco anos. Depois disso, Yasmin morre, aos braços de seu pai. Pedro já estava casado, com três filhas, cuja uma delas o nome era o mesmo da amada que tinha morrido: Yasmin. Quando Pedro soube da notícia da morte de Yasmin, ele foi para o cemitério levar flores para o túmulo dela, e lá mesmo ele vê uma visão, vê Yasmin, quando moça, na garupa da moto dele, aos beijos. Nisso Pedro descobre que realmente ama Yasmin. No dia 24 de julho de 2010 Pedro morre.





quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sentimentos, fragmentos de amor.


Tem certas coisas que não sabemos o que é realmente. Quando amamos uma pessoa na dúvida, se realmente amamos. Quando sentimos ciúmes parece que o mundo vai desabar sobre as nossas cabeças, quando ficamos tristes por esses amores não correspondidos a gente tem vontade de se matar. O que passar realmente dentro de um coração nesse momento? O que passa realmente dentro da mente da pessoa enquanto a outra está brigando, ou mesmo parando de falar com a outra? É difícil... Tudo isso são sentimentos cuja não podemos administrar, muito menos dominar. É duro essa vida de amar demais, é muito duro ouvir das pessoas que a gente realmente ama coisas desagradáveis. Amores não correspondidos, ou mesmo brigas com pessoas que a gente ama demais magoam o coração da gente. Cada vez mais ele fica mais frágil do que nunca, cada vez mais ele fica mais frágil e mais doente, e quando tudo volta ao normal começa a insegurança de que essa outra pessoa faça a mesma coisa. Assim começa tudo de ruim de novo, até que novamente aconteça tudo novamente. É duro demais pra uma pessoa viver isso toda hora. Refletindo assim eu nem sei mesmo como eu estou de pé aqui, completamente vivo, por fora inteiro, mas por dentro cheio de feridas incuráveis, que nunca irão se curar, feridas que às vezes ficam expostas ao mundo, não sei como eu permaneço vivo. Agora eu me calo, volto a sofrer com esses sentimentos e fragmentos de amor. Volto a chorar, a me torturar, me fazer sofrer cada vez mais.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sofrendo, morrendo.


Pois é. Sem você eu não consigo mais viver. Sem você não há mais vida em mim, e eu não consigo continuar. Você é a minha única esperança, meu único amor. Nunca amei ninguém como, hoje, te amo, como, hoje, sofro por você, choro por você, morro por você. Estou morrendo por dentro, não dá pra continuar. Eu já não consigo mais sorrir, não consigo mais continuar a seguir a vida, pois acordo cedo pra te ver, minha vida é você. E eu agora estou me torturando, estou me matando por dentro. É melhor assim, será? Eu me entrego a você, eu me entrego a você. Me desculpa, mas não consigo te dizer não. Não consigo te falar que nunca te amei, tenho que dizer. E eu mesmo estrago esse momento. Estrago, sofro. Nunca mais você vai poder vir ao meu lado, nunca mais você irá me fazer feliz como você já fez um dia. Você foi a única pessoa que me fez esquecer meu antigo amor, a única. E quando vejo você ao lado de outro alguém me entrego a tristeza, me entrego completamente. Minha única esperança. Minha única felicidade. Minha única alegria. Minha única vida. Meu único amor. Me desculpa, tenho que dizer isso, não consigo prender. Vejo você ao lado de outro alguém, me entrego a tristeza. Quantas vezes já me entreguei a profunda tristeza, quantas vezes? Me salve do escuro, me salve da escuridão. Apesar de não parecer, só você pode me fazer sorrir agora. Só você. E enquanto isso espero, sofrendo, morrendo.

sábado, 9 de outubro de 2010

É um amor após outro amor

É um amor após outro amor

É assim, tem que ser assim;
meu coração longe de mim;
e eu aqui, sofrendo por você;
chorando por você.

É assim, sempre vai ser assim;
eu aqui, você ali, sem ao menos dizer sim;
vem pra mim, vem pra mim;
não aguento mais, enfim;
viver sem você perto de mim

Acabou aquele amor;
e você veio;
e tudo se completa num só coração.
Ah, é só insegurança;
que toma conta de mim e me espanca;
até me devorar e me fazer chorar.

É assim, infelizmente, só assim;
que você vai olhar para mim;
e vai ver que eu te amei;
e que agora vivo outro amor;
que não foi correspondido;
e que só me traz dor.

Mateus Augusto, 23 de janeiro de 2010.

sábado, 18 de setembro de 2010

gothic and loved.


Lá no fim do mundo existia uma mulher chamada Beth Gonna. Ela morava em um lugar único, em Los Angeles, na California, EUA. Desde menininha Beth nunca chegou a ter amizades. Ela era reservada, não tinha muito com quem se comunicar, afinal ela era uma menina única, seus pais a odiavam por ser assim e eles já tiveram a coragem de mandá-la pro orfanato três meses, mas depois sempre era a mesma história: eles se arrependiam e a levavam para casa novamente. Mas teve um dia que ela resolveu mudar completamente. Foi para um acampamento de férias, brincou muito, fez muitas besteiras lá e no fim descobriram que ela era gótica. Aos 14 anos de idade ela foi apresentada por um garoto guitarrista chamado Bennes Harley da sala dela na escola, e assim eles formaram uma dupla. Se chamava Gothic o nome da banda, o que combinava muitíssimo com Beth. No final dos anos 90, precisamente em 1999, os dois se apresentaram num festival de rock gótico no bairro onde moravam, assim todo mundo gostou e eles ficaram em primeiríssimo lugar. No ano seguinte mais três pessoas entraram para a banda, um outro guitarrista, um baterista e um baixista. A partir daí puderam se apresentar em várias casas de shows e chegaram a lotar um estádio em New York. Assim um produtor musical os ouviu cantando e os chamou para gravarem um disco. No ano de 2001, o mundo inteiro já conhecia Gothic, com quatro videoclipes produzidos, com sete EPs nas lojas e com um CD bombando nas rádios. Seus primeiros sucessos foram Live me Love, Don't Forget You, Millions e Japonese. Todas essas músicas sairam em videoclipe e logo puderam rodar o mundo numa turnê. E em meio da turnê Beth Gonna e Benner Harley tiveram um grande caso de amor. Já no ano de 2004 eles voltaram em estúdio para gravar outro disco, e Beth Gonna e Benner Harley já estavam casados e ela estava grávida. Em seguida deste disco, Gothic gravou dois DVDs ao vivo, um no Brasil e outro na França. No Brasil, eles lotaram o estádio do Maracanã no Rio de Janeiro e em São Paulo eles lotaram o estádio do Morumbi. Parecia uma final de Fluminense vs. Flamengo. E em meio dessa segunda turnê Benner Harley abandonou a banda e meses depois a mulher. Todos os outros integrantes, principalmente Beth, ficaram sofridos durante esse tempo sem Benner, pois ele era o guitarrista principal. Beth decidiu abandonar a banda. Estava tudo acabado, Gothic não existia sem Beth e Benner, e a banda acabou. Beth e Benner tiveram um lindo caso de amor, dois góticos apaixonados. Eles se combinavam. Atualmente Beth está morta com seu filho e seu segundo marido. Benner também está morto. Acreditam que toda noite, às 3 horas da manhã, os dois se encontram no mesmo lugar que se viram pela primeira vez e cantam bem alto para todo mundo ouvir. E sempre a mesma música: Gothic and Loved.

domingo, 5 de setembro de 2010

Somente amizade?


É. Talvez a história comece a se complicar. Viagens, despedidas, amores partidos, completos e incompletos com tantas pessoas querendo pelo menos alguém para amar. Brigas. Isso se resume em brigas. Somente amizade? As pessoas as vezes se esquecem de ver realmente quem são verdadeiros amigos. E mesmo nem se dando com a pessoa a gente se apaixona por ela sem mesmo falar com ela. Vendo fotos, relembrando momentos, ficar olhando e querendo ficar perto sempre. É. Isso é verdade, a completa verdade. Aí os dois seres se tornam amigos, grandes amigos. E uma pessoa nem sabe que a outra está apaixonada por ela. Ai começam as chateações na internet, pessoalmente, querendo sempre estar perto e isso acaba ferindo a amizade (nesse ponto somente amizade) das duas pessoas. Aí começam os desentendimentos, as brigas diárias (quase diárias) na escola, em depoimentos no orkut, por msn e os xingamentos. A pessoa que ama acaba ficando despedaçada, sem ao menos dizer porquê. Aí voltam a serem amigos, grandes amigos. A pessoa que ama fica sofrida e a pessoa que está sendo amada ignora a pessoa que ama.
É sempre assim. Não sei porquê é assim.
Amor é uma coisa tão simples que se torna muito mais complicado do que a gente pensa. Quem ama sabe. E eu sei bem. Eu amo. E eu sou das pessoas que amam demais, e até hoje, como disse no último texto e repito, ninguém sabe diferenciar se isso é um desfrute, um defeito ou mesmo uma virtude. Só digo: amor ou amizade? Amizade ou amor? Somente amizade? Love?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

• for a pessimist , I'm pretty optimist.

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Ah como a vida é difícil as vezes. Todas as pessoas apaixonadas, alguns enlouquecidos de amor, outros mal-amados e mal-humorados. E quando o amor bate na porta da única casa que é o coração apedrejado de quem não ama já viu... Tudo muda e tudo volta pra o bem do mal. E aí é assim que as pessoas enlouquecem perdidamente por amor, por alguém. Saudades do tempo em que todas as pessoas amavam. Eu sou pessimista. Não sou otimista e odeio as pessoas que descuidam dessa razão da vida. Depois dessa longa jornada além de tantas coisas importantes para amar a pessoa fica súbita, completamente súbita sem dizer ao menos uma palavra que desagrade a pessoa que ama. Ah, e esqueci de dizer que as duas palavras que a gente mais gosta de ouvir quando estamos num momento muito difícil é "eu também". 
__________
Ah, Angell, obrigado pelas suas palavras no Amarga Ironia, um blog muito bom que eu entro todas as vezes que a diva Angell posta alguma coisa. É. Parabéns Angell (ou Angie, como preferir).

Voltando para o texto, utilizei palavras da nossa amiga Angell no texto "pensamentos, fragmentos, sentimentos". É. Isso tudo se resume em quê: quando as pessoas estão num momentos muito difícil a coisa que as pessoas que estão passando por essa situação gostam de ouvir é sempre "eu também" para poder dividir o momento e saber que "sua luta é também a luta de outra pessoa e que você não está sozinho, vocês estão juntos, lutando contra a mesma batalha". É isso realmente que a gente gosta de ouvir. E nos momentos difíceis as coisas que a gente mais gosta de fazer é de se expressar. Pode ser falando, conversando com alguém ou mesmo teclando em MSN, twitter, orkut. E, principalmente, a gente se expressa por meio de poesias, eu mesmo faço inúmeras poesias e crônicas. Atualmente acho que perdi meu estímulo de fazer texto, afinal meu lado obrigatório mutatório mudou bastante. Eu percebi isso desde cedo. Desde que voltei para a "mídia", digamos assim. Voltei para a realidade, eu disse assim. A realidade. Ah, saudades das coisas irreais. Mas, quando a gente está amando a gente parece muito pessimista. Dizemos "Ah, ele/ela não vai me querer. Nunca. Nunca. Nunca! Não tenho mas motivos para viver. Beijos, adeus." - Eu mesmo já fiz isso inúmeras vezes na vida. E depois de dizer essa frase sempre remota pegamos uma faca ou mesmo tomamos remédios e tentamos suicídio. Minha última tentativa foi à uma semana, na terça-feira dia 17 de agosto do ano de 2010. Ah, esqueci também de dizer que quando a gente ama nós também ficamos bem tristes, amargurados, sofridos, em solidão. E em alguns momentos coisas absurdas e inúteis podem servir de companhia para nós. Eu não digo "inútel" porque não é. Juro, juro mesmo, não é. E a coisa se chama violão, um instrumento musical bem famoso que comecei a gostar desde pequenininho. Ele tem seis cordas, o meu, por exemplo, tem três de nailon e três de aço, bem firmes. Tentei aprender alguma coisa hoje, agora pouco, mas não aprendi. Voltando para o assunto do texto, amor, não é? Ou seria como no título, traduzindo a música de Paramore: "Para um pessimista eu sou até otimista". A tradução diz tudo. Mas como eu mesmo digo: há sempre um otimista para um pessimista, eu repito novamente o que a Hayley canta, for a pessimist, I'm pretty optimist. Agora, antes de sair para grande, linda e famosa Praia da Bica. Vou com umas amigas e dois amigos, passear, andar, comer, conversar, jogar papo perdido. Hoje, às 18:42, sexta-feira, dia 27 de agosto de 2010, um ano que foi ótimo pra mim além das dificuldades. Mas quando a pessoa ama... Ah, quando a pessoa ama... Faz tudo de bom e de melhor para amar cada vez mais, para adicionar mais e mais amor nesse coração que ama demais. Ah, mas agora tenho que ir. Na outra hora volto pra falar de amor.

Vou. Tenho que ir. Não posso perder o dia. Ah, não volto mais hoje. Só amanhã. No blog não sei se é semana que vem ou na outra. Provas irão começar depois do feriado, pelo menos só depois. Prova de Matemática. Português que eu sou bom. Ciências, História, Geografia. Inglês, Espanhol. Artes. E Redação. Deixa eu ir, olhar para o fundo da linha branca do futuro, na linha futura do presente. Ah, não sei mais como continuar. Santo dia. Santa morte. Santo pecado, santo juízo. Espero duas amigas na porta de casa. Elas vêem no fundo da rua, lá distante, bem, bem distante. Pegamos uma combi, entramos, com medo e de mal súbito, entramos. Olhamos para a janela e vimos mais amigos. Ah, descemos. Desceremos. Isso não aconteceu ainda. E quando acontecer eu estarei pensando no meu único e verdadeiro amor. Amor, ah amor. Eu estou amando. Eu estou completamente apaixonado de razão. Completamente, de bom súbito. Ah, como eu amo demais. Não sei se isso é uma virtude ou um defeito, até hoje ninguém conseguiu decifrar isso. Mas, tenho que ir. Adeus... Volto depois, fico em meus pensamentos, comemorando o dia. Comemorarei e pensarei. Muito, muito, no meu amor.

for a pessimist , I'm pretty optimist. 

sábado, 21 de agosto de 2010

O café amargo

"Talvez nesse novo mundo eu volte a ser como antes, como num café amargo sendo bebido por alguém, sendo aprovado por um crítico, como minha vida é aprovada por terceiros."

(Mateus Augusto)





Depois de alguns meses de distância de orkut, de MSN, de formspring, de twitter eu voltei. Estava só aqui nesse blog, no outro, sem ao menos voltar a sair, na Praia da Bica, no shopping, poder ficar com as garotas, namorar, amar. Ouvindo só Maysa, Elis Regina, Nara Leão, Elizeth Cardoso, Leny Eversong e etc. Voltei pro MSN, voltei pro orkut, pro formspring, pro twitter e minha vida mudou. Me apaixonei completamente, mudei um pouco meu gosto musical, ouvindo só rock, heavy metal...
Tudo mudou na minha vida, seria esse o café amargo da história? Seria essa vida que eu queria? Saídas na Praia da Bica, no shopping com os amigos, zoando, brincando, me divertindo. Essa era vida que eu queria, mas sinto que não é só isso que quero. Falam pra mim que eu mudei de uma hora pra outra, como água e vinho.
Meu novo companheiro: meu violão. Toco alguns solos de Nirvana, Paramore, Red Hot Chili Peppers, Lordi, DragonForce e algumas outrar bandas. Talvez eu mudei mesmo porque eu nunca imaginei que começaria a gostar de rock, heavy metal. Já foi uma surpresa pra mim quando comecei a gostar de Lady Gaga, quando soube que tinha me apaixonado por barulhos como rock e heavy metal foi pior ainda.
Mas creio que encontrei meu lugar certo, meu porto seguro. Como num café amargo que é o tema do texto eu volte a ser feliz.
Depois dessa volta a toda tecnologia presente em meu computador esqueci completamente das coisas que me alimentaram, como Maysa, Leny Eversong, meus discos, minhas músicas preferidas de fossa, de bossa e dos meus amigos que fiz com tudo isso. Esqueci também dos blogs, não postando quase nada nem do outro da Leny Eversong nem nesse daqui. Ando fazendo poucas poesias, ando conversando muito, me divertindo muito. Agora mesmo estou ouvindo Ignorance do Paramore. Me identifico com essa música. Amo ela demais. Acho que descobri meu verdadeiro eu dentro de mim.
Talvez meu eu-lírico também tenha mudado. Talvez não sou mais o mesmo, aquele garoto de doze anos (fiz treze em maio) dramático, fossento, antigo. Mudei. Mudei talvez para melhor, não sei dizer. Agora troquei de música, também do Paramore The Only Exception que eu amo demais. Rock atualmente habita em mim, mora em mim e até deixei de ser aquele bom aluno de sempre, me ferrando em Ciências, Espanhol e Matemática, mas estou sempre no auge em Português e Inglês... Português por eu sempre ser aquele poetinha como minha professora diz, aquele garoto que escreve bem, escreve sendo maduro. Inlgês por eu estar ouvindo rock como disse e eu também faço curso.
Realmente meu eu-lírico mudou.
Como mudou.
Agora deixo de escrever porque outro dia eu volto.


"Deixo a poesia, deixo algum registro de mim. Fico aqui ouvindo rock. Fico muito bem, amando, amando meus amigos, amando minha eterna paixão. Amando a vida como ela é."


(Mateus Augusto)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Nesta noite

Nesta noite

Nesta noite, nesta praia;
nos encontraremos mais tarde.
Sem saber ao menos aonde;
sem fazer alarde.

Chega cedo;
chega tarde;
vem sem medo;
eu vou te contar esse segredo;
de como é bom amar você.

Nesta noite, nesta praia;
caminhando e conversando;
sobre a vida, sobre a morte;
sem ao menos você saber;
o quando eu amo tanto você.

Vem sentar aqui ao lado;
vem ouvir este fado;
vem amar, vem dizer;
vem viver sempre comigo;
sem ser; sem dizer;
e querendo te ver...
E eu só querendo amar você.

Mateus Augusto, 27 de julho de 2010.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um dia desses

Um dia desses

Um dia desses;
lá em casa de pedreira;
na rua da galera;
sem saber a brincadeira.
Naquela hora sem saber como o que;
você chegou pra mim;
nem sabendo o porque.

Um dia desses;
você vê a minha vida;
iludida, iluminada;
chega a hora de chegar no chegou;
fiquei pensando: amor, amor, amor.

É o amor, é o amor;
vive no mar, vive no meu andor;
cheguei cedo, para encontrar a dor.

É a minha vida que criou um dia desses;
em casa chamando sempre para melhor;
fiquei pensando que não podia ser assim;
porque andava pisando em mim.

É o amor, é o amor;
vive no mar, vive no meu andor;
cheguei cedo, para encontrar a dor.

E ninguém chegou cedo;
para me ver chorando assim.
Que bom que foi, pois nada teve fim.

É o amor, é o amor;
vive no mar, vive no meu andor;
cheguei cedo para encontrar a dor.

Um dia desses;
eu cheguei para você;
perguntei o que tinha de ser;
mas porque, você não veio me ver;
chegou para a cunhada;
e falou do meu viver.

Mateus Augusto, 1 de julho de 2010.

terça-feira, 29 de junho de 2010

A felicidade não faz mais parte de mim

A felicidade não faz mais parte de mim

A felicidade não faz mais parte de mim;
foi uma tristeza que me deixou assim;
foi uma amizade que criou o sim;
e que nunca mais teve fim.

A tristeza tomou conta de mim;
não vejo mais motivo de sorrir; 
não vejo mais vontade de andar;
só sinto um vazio dentro de mim;
que está me deixando assim;
por causa de uma amizade enfim.

Saudade ficarão dos momentos felizes;
das alegrias vividas, dos risos feitos;
da amizade sempre unida;
que agora fica só na lembrança;
feito uma criança;
a brincar de amar.

Agora os momentos ficam na lembrança;
a sorrir, a chorar, a lembrar;
daquelas coisas vividas sempre a sorrir;
daquelas coisas amadas que sempre eu quis viver;
e agora eu fico aqui a lembrar;
fico aqui agora somente a chorar.

A felicidade não faz mais parte de mim;
a saudade tomou conta do meu viver;
que me deixou assim;
mas, enfim;
aquela dor que nunca mais terá fim.

Mateus Augusto, 27 de junho de 2010.

domingo, 27 de junho de 2010

Sou o amor

Sou o amor

Só assim, podia pensar em mim.
Meu amor, não canto só;
você podia vir pra mim;
pra mim, assim.

Nunca assim;
o amor voltou, cantando uma flor;
cantando bem.

Sou sem paz, assim como eu serei;
como o amor, o amor.
Meu amor;
meu amor.

Triste assim;
eu nasci, com a amor que criou-se em mim;
sempre assim.

É a saudade em mim;
amor, me deixa ser feliz;
ao seu lado, deixa eu te mostrar;
assim.

Tristeza, eu canto assim;
junto ao amor;
junto sim.
Preciso de você;
aqui sem dor;
só você, só você.

Sou sem paz;
com seu amor, com saudade de mim.
Ah, me deixe ser feliz;
ao seu lado, eu canto assim.
É a saudade enfim.

Ah, sou o amor;
sou a dor, que você criou em mim;
somente eu mim.
É a saudade enfim.

Deixa eu ser;
como você.
Felicidade criei ao seu lado, meu bem;
sem ninguém, com alguém.

É a saudade em mim;
meu bem, eu canto assim.
É a vontade de amar enfim.
Deixa eu ser assim;
deixa eu ser feliz.
Diga sim, diga sim;
diga sim.

Mateus Augusto e Marcella Torres, 3 de março de 2010.

Letra e melodia baseada na música " Sou sem Paz " de Adylson Godoy cantada por Elis Regina na década de 60, precisamente no ano de 1965.


domingo, 20 de junho de 2010

Memorial de Campo Grande no Rio de Janeiro

Naquela época, era diferente. Viam-se mortos sobre a mesa, perto do mar, no horizonte. Cantavam uma incelença pedindo a bênção de tudo que já foi dito. Mas, naquele caso era diferente.
Era uma noite escura, perdendo forças a cada mediação de tempo. Viam-se famílias passeando, ouvindo música, naquela lenta habitação que tinha Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. Talvez na passagem da  avenida Brasil continuasse assim. A lua fermentava-se junto com as estrelas, formando claridade, sem alguma
lâmpada na estrada. Era longe do centro, e ainda é. Se passarmos por ali veremos algo claro, rural, marcado pela época que foi a década de 60, terminantemente acabada a obra final de memorização daquele bairro.
Até hoje lembram-se daquele dia que foi 23 de setembro de 1966. Formou um medo total, sem alguma marcação na avenida, sem nenhum automóvel passando por aquela via que era parte da BR-101, que cruza a região Sudeste.
Aquelas pessoas livremente passando por aquela via próxima ao centro, que ligava ao centro do Rio de Janeiro, não imaginariam o que viria a seguir, naquele momento. Elas estavam felizes, sem imaginar qual o que iria acontecer naquele todo. Haviam pequenas construções de casas, sem nenhum habitante.
As pessoas no caminho estavam vendo uma luz no fundo da avenida Brasil, era um caminhão gigantesco. Não posso dizer que foi acidente, pois não foi. Desceu uma pessoa rendada de felicidade, com coração calmo e vazio, atirando-lhes algo que parecia conhecido.
Ele pegou algo do seu bolso, algo da memória. Não me lembro bem o que era, se era uma arma ou um revólver, mas sei que atirou-lhe a sete chaves para o céu, mandando aquelas pobres pessoas se retirarem, e logo em seguida atirou pesado, e, ao mesmo tempo, vagarosamente, para alguém. Quem teve a pesada bala nas costas, simplesmente, foi aquela mulher que lutou pela independência daquele bairro, e que queria transformar aquela parte em município.
Patrícia, vamos chamá-la assim, pois seu nome ninguém sabia. Ela vinha do sul, no ano de 1960, para trabalhar na unificação da avenida das Bandeiras com a novíssima avenida Brasil. Não tinha ninguém, vivia sozinha desde que nasceu. Quem a ensinou a ler, a escrever e a trabalhar foi a sua parteira, Maria das Dores. Patrícia tinha 20 anos completos quando veio para o Rio de Janeiro. Poucos sabiam da sua vida particular, pois morava ali, em uma das raras casas à beira da avenida Brasil. O contrato que ela fizera com a empresa da avenida foi até acabar a obra, mas ela ficou até a morte. Em 1964 criou o partido UCG, sigla de Unidos de Campo Grande, que hoje está esquecido na memória daquele bairo, quase uma cidade.
Lutou pela unificação de Bangu, Santa Cruz, Sepetiba, Guaratiba e Campo Grande, para se tornar a cidade de Campo Grande. Durante esses dois anos perdidos na memória de Campo Grande, Patrícia lutou pela independência, como, anos atrás, lutaram pela do Brasil. Quando sua mãe de criação, a Maria das Dores faleceu, ela não se unificou junto com a morte. Vivia sempre séria, com o apelido de Santa de Campo Grande. O povo daquele lugar com menos de 3 mil habitantes a conhecia por esse nome. Ninguém sabia dela, só se sabia que ela veio do Sul trabalhar nas obras de unificação da avenida Brasil. Se ela tinha nome, qual o nome dela, ninguém sabia. Se era santa de verdade ou uma pilantra qualquer, ninguém sabia. Se tinha filhos, ninguém sabia. Ela era recheada de mistérios, porém, como todos estes segredos, o povo confiou-lhe a mão de trabalhar juntos.
No dia seguinte da morte, Campo Grande estava em prantos, sagrando aquele corpo de uma santa, que nem mesa tinha, nem caixão. Só tinha um barco, para ser levada a véus, a sete palmos do chão, que singrará a sete céus até chegar naquele lugar que ela queria desejado. Posso dizer o mesmo para o querido Saramago, posso sim. Aquele escritor fabuloso que desejou muitas pessoas e que foi desejado naquele romance límpido que escrevera e deixaste o amor levá-lo enfim, para onde está essa santa Patrícia, a Santa de Campo Grande.
Levaram ela para Sepetiba, jogaram-lhe o corpo no barco, com todos os sentimentos, as lágrimas do pranto das pessoas daquele Campo Grande, daquela zona oeste saudosa. O último adeus deram-lhe, sem saber ao menos o seu nome. Queriam que ela virasse santa, tal qual não aconteceu. Mas na memória este episódio irá ficar.
Naquela época, era diferente. Viam-se mortos sobre a mesa, perto do mar, no horizonte. Cantavam uma incelença pedindo a bênção de tudo que já foi dito. Mas, naquele caso foi diferente.

sábado, 19 de junho de 2010

Alguém como eu

Alguém como eu

Não vim do oeste;
vim do sudeste.
Tenho um nome único;
diferente dos demais.
Não sou normal;
nem anormal;
eu sou assim, eu sou eu.

O amor me devora.
Vivo com o sol;
vivo com a lua.
Sou o vento em estrela;
sou o sol, sou a lua.

Sou a folha ao voar;
sou o mundo a rodar;
sou tudo, sou todos;
ao meu redor.
Sou o princípio da natureza;
sou só eu e a solidão.

Encanto todos;
canto o mundo;
canto o amor.
Sou fácil, sou fogo e gasolina;
não tenho segredos;
só tenho mistérios.

Um dia sou o verão;
noutro sou o inverno.
Sou o outono num outro dia;
e neste dia sou primavera;
uma primadona.

Sou daqui, vim da terra;
sou imaturo, sou maduro.
Sou matéria, sou natural;
vim daqui deste lugar.
Sou o céu azul, sou o amor.

Mas, uma pergunta que não quer calar:
Existe alguém como eu?
Sou eu, ao meu redor.

Mateus Augusto, 5 de setembro de 2008.

domingo, 13 de junho de 2010

O Caminho Deserto

Encontro a luz no alto do céu. Encontro a estrada a frente. Falta pouco menos de uma hora para chegar. E só vejo mato, em plena segunda maior metrópole do Brasil. Dizem que aqui não é bom, não é cuidadoso, não é efêmero, mas eu confirmo: tudo isso eu nego. Posso dizer novamente que eu vejo a estrada lá em baixo, seguindo para o fim do mundo, como dizem. Agora só vejo o deserto de mim, o deserto que me acalma. O meu deserto, o caminho deserto para Sepetiba. Encontro a linha do trem, repasso a letra da música, ouço. Ouço e vejo algo belo, em pleno inverso, as folhas caídas, o chão cheio de pétalas de flores escurecidas e mortas, com saudades da primavera, mas logo logo ela vem. O retorno ali em frente me diz nada natural, somente o asfalto com terra me faz lembrar Seropédica, mas estamos longe. Quase chego em frente aquele lugar que não posso dizer o nome, mas como se eu nem sei. Sei que vejo casas, lá longe a serra (que me parece uma pintura sob a aquarela do céu azul com pouquíssimas nuvens) e o mato invadindo até o carro, me invadindo. Encontro a luz no alto do céu. Encontro a estrada a frente. Falta pouco menos de uma hora pra chegar. E só vejo mato, em pleno Rio de Janeiro, na zona Oeste. Por que será que aqui não tem muitos habitantes, apesar de ser a maior zona do Rio de Janeiro? Não sei dizer... Como diz o nome do bairro, somente vejo campos grandes a minha frente, campo grande da China, do Japão, do matagal ao rio e a Valesul me encontrando para fazer o retorno. Santa Cruz, já chegamos. Não vejo ninguém, nada, nem um carro na estrada. Sei que retorno ao mesmo longe onde vim e segue aquela estrada para o fim do mundo. Agora está bonito. O sítio em frente, algumas plantações de café e cana de açúcar. Passo novamente pela linha do trem e reencontro a letra da música, a solidão que lá deixei. Faço a curva suave, viro a esquerda e sigo até aquele centro comercial que não sei o que. Quando chego, parece que me mataram. Não posso mais continuar. Eu volto. Mas, se eu seguir, encontrarei o mar, o meu paraíso. Pode ser até abandonado, mas eu sigo. Sigo e sigo, pelo caminho deserto sem fim. O caminho da vida.

(Mateus Augusto)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Dolores Duran, 80 anos


" Dolores: Me abrace simplesmente, não fale, não lembre, não chore, meu bem. "

A Noite do Meu Bem
(Dolores Duran)





Hoje eu quero a rosa mais linda que houver;
quero a primeira estrela que vier;
para enfeitar a noite do meu bem.

Hoje eu quero paz de criança dormindo;
quero o abandono de flores se abrindo;
para enfeitar a noite do meu bem.

Quero a alegria de um barco voltando;
quero ternura de mãos se encontrando;
para enfeitar a noite do meu bem.
Hoje eu quero o amor, o amor mais profundo;
eu quero toda beleza do mundo;
para enfeitar a noite do meu bem.
Mas como esse bem demorou a chegar;
eu já nem sei se terei no olhar;
toda ternura que eu quero lhe dar.

Maysa Figueira Monjardim, 74 anos


" Hoje, à 74 anos atrás, nasceu a mulher, a cantora, o mito. "

Maysa é Maysa... é Maysa, é Maysa
(Mateus Augusto)

Sentirei sua falta, Maysa;
mesmo sem ter te conhecido.
Sentirei a falta dos olhos verdes;
dos dois oceanos não pacíficos;
que a 74 anos atrás;
na cidade maravilhosa que é o Rio;
nascia a beleza pura de uma menina;
que a exatamente 20 anos após;
se tornaria um terremoto de mulher.
Dos olhos à boca;
viva a mulher pura e sentimental;
que era Maysa.

Maysa não morreu;
ela ressurge a cada dia, a cada momento;
do pôr-do-sol;
cantando como as cigarras;
morrendo ao entardecer com seu canto eterno. 

Maysa não morreu;
ela e eu nos encontramos sempre nos sonhos felizes;
nos nossos momentos;
com o canto sincero, canto que me emociona.

A mulher, a cantora, o mito;
nascia no sexto dia do sexto mês do ano de 1936;
em pleno desenvolvimento industrial;
em pleno demonstrativo musical;
Maysa nascia em uma casa antiga;
com o sol a raiar;
com a goiabeira a testemunhar;
com os braços abertos do Cristo Redentor a abençoar;
e a cantar, desde pequenininha, o mito e o amor;
chamado Maysa nascia;
pleno e formosamente;
como uma pluma ao anunciar;
que veio para ficar.

Maysa cantou seus amores;
Maysa cantou o amor;
Maysa cantou a dor.

Maysa;
que fez tudo o que queria;
que só falava o que pensava e o que pensava;
que era Maysa;
a mulher, a cantora, o mito;
e tudo isso tinha uma razão:
a razão chamada amor.

Por isso que quando me falam sempre;
eu respondo a mesma frase que me vem em mente:
Maysa é Maysa, é Maysa, é Maysa;
que alguns amam e outros sentem.

" Maysa: O meu amor por você é imenso, o meu amor por você é tão grande, o meu amor por você é enorme... Demais! "

sábado, 5 de junho de 2010

Apresentação: "Num fim de noite"



"É fim de noite, nossa estrela foi embora, seu olhar me diz agora, que eu vá embora também... em cada dia, toda noite eu sofri..."

Versos de Fim de Noite, música de Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli, que se tornou um sucesso na voz de Maysa, em 1962. Foi nessa canção que me inspirei para criar a poesia abaixo. Já fiz a melodia, e já se transformou em música. Como diz Chico, "em cada dia, toda noite eu sofri...".


Num Fim de Noite...

Quando a luz da lua se apaga;
quando tudo escurece;
depois volta o sol a brilhar;
depois tudo volta a me encantar;
acaba a noite que me enlouquece. 

Em cada dia, toda noite eu sofri.
Toda noite você veio para mim. 
Num fim de noite, nossa estrela foi embora;
seu olhar me diz agora, o amor que eu senti.
Num fim de noite, nossa estrela foi embora;
tudo nos fascina, tudo nos devora.
É fim de noite...
É fim de noite...

Nesta hora, só nós dois;
um fim de noite, uma saudade;
uma vontade louca de amar;
um amor, uma verdade.

Em cada dia, cada noite eu sofri;
esperando seu amor, esperando sua dor;
vivendo nosso amor, só nós dois;
o amor que senti.

Em cada dia, toda noite eu sofri.
Toda noite você veio para mim. 
Num fim de noite, nossa estrela foi embora;
seu olhar me diz agora, o amor que eu senti.
Num fim de noite, nossa estrela foi embora;
tudo nos fascina, tudo nos devora.
É fim de noite...
É fim de noite...


Mateus Augusto, 3 de maio de 2010.