sábado, 19 de junho de 2010

Alguém como eu

Alguém como eu

Não vim do oeste;
vim do sudeste.
Tenho um nome único;
diferente dos demais.
Não sou normal;
nem anormal;
eu sou assim, eu sou eu.

O amor me devora.
Vivo com o sol;
vivo com a lua.
Sou o vento em estrela;
sou o sol, sou a lua.

Sou a folha ao voar;
sou o mundo a rodar;
sou tudo, sou todos;
ao meu redor.
Sou o princípio da natureza;
sou só eu e a solidão.

Encanto todos;
canto o mundo;
canto o amor.
Sou fácil, sou fogo e gasolina;
não tenho segredos;
só tenho mistérios.

Um dia sou o verão;
noutro sou o inverno.
Sou o outono num outro dia;
e neste dia sou primavera;
uma primadona.

Sou daqui, vim da terra;
sou imaturo, sou maduro.
Sou matéria, sou natural;
vim daqui deste lugar.
Sou o céu azul, sou o amor.

Mas, uma pergunta que não quer calar:
Existe alguém como eu?
Sou eu, ao meu redor.

Mateus Augusto, 5 de setembro de 2008.

2 comentários:

  1. Muito bom! Gostei do estilo e do tema :)

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  2. belo poema,
    nós somos apenas nós mesmos e nada mais, únicos em nossa individualidade.

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