The time.

Corro, mas não consigo chegar a tempo. O relógio marca 15:25, e eu deveria estar aqui a vinte e cinco minutos atrás. O que aconteceu? Saí de casa bem cedo, peguei o carro e passei por pouco trânsito, o horário do hush já acabou faz tempo, só volta as 18:00... Mas o que aconteceu? O tempo acelerou? Talvez... Já não sei de mais nada. As vezes, na vida da gente, o tempo acelera, ou as vezes também parece que o tempo para. Mas o tempo não para nos momentos certos para parar, e sim ele para quando vivemos um momento cheio de angústias, um momento ruim, um momento que queremos nos livrar logo porém o tempo não permite, pois ele parece parar, os ponteiros do relógio parecem não saírem do lugar. Agora, quando vivemos um momento muito bom, um momento que não é para ser esquecido, um momento de repleta alegria, de repleto amor, de felicidade, o relógio acelera. Logo no momento que nós queremos, ele acelera. Impressionante, porém irritante. É sempre assim, o tempo é assim. Tem momentos que passam tão rápidos que a gente nem nota, e tem outros que demoram a passar que a gente não aguenta mais! Talvez seja isso que aconteceu comigo hoje. Não queria chegar esse horário, não queria mesmo, fiz de tudo para chegar cedo, mas nada muda o tempo, mas nada muda o destino. Ninguém pode mudar o tempo, infelizmente ninguém pode mudar. As horas correm, parecem correr sobre os ponteiros, mas em certos momentos os ponteiros param! E eles param nos momentos indesejáveis, infelizmente. E, do mesmo modo que as horas em alguns momentos correm e em outros param, a vida também é assim. E a vida é curta, os momentos bons são curtos, por isso devemos repetir os momentos bons sempre que pudermos. E agora eu corro mais ainda, corro, corro e corro, para conseguir pelo menos chegar as 15:30, porém já é tarde, as horas correm, do mesmo modo que eu corro.