quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Atualmente.


Antes era a vida que eu levava, sem muito sofrimento, sem muito amor, sem muita dor. Talvez eu mudei. Pois é, eu mudei radicalmente. Até meus pais que convivem diretamente comigo perceberam isso. Eu realmente não posso fazer nada. Essa virada de ano foi conturbada. Sofri demais, fiz muita burrada. Apanhei. Como sempre, apanhei. Eu apanho sempre, mas nunca aprendi. Talvez por isso mesmo eu erro demais. Gosto de ensinar aos outros, mas nunca ensinei pra mim mesmo. E dentro de mim há um sofrimento sem fim, sofrimento de um amor cavado no chão, no chão do meu coração. Pra muitos eu não devo escrever o que eu sinto, porém eu tenho que escrever o que eu sinto, afinal eu não seria nada sem escrever. A minha vida após essa mudança toda se tornou algo tão radical, talvez feliz, em alguns momentos... Eu passo todos os dias escrevendo poesias, músicas, textos, ouço bons discos, assisto bons filmes, vejo os últimos capítulos da novela Passione, assisto alguns programas na televisão... Ouço muito rock, ouço muita fossa, ouço Maysa. Neste momento mesmo estou ouvindo Maysa cantando pela enésima vez que a porta do barraco era sem trinco. E sofro. As vezes a felicidade vem para mim, fico com meus amigos, realmente verdadeiros amigos. Sendo que uma coisa em mim ainda está faltando: o meu profundo, verdadeiro e único amor, que acabou, que morreu. Meu sentimento por esse amor já não é mais o mesmo, talvez porquê esse amor andou me maltratando demais, e eu fiquei mal, muito mal que esqueci de mim mesmo. Mas passou, agora esse sou eu, um ser humano cheio de feridas, feridas intensas, profundas e que são eternamente sem cura. Vivo uma alegria única, ao lado desses meus amigos, porém essa alegria seria mais perfeita com esse meu amor. Minha vida se baseia em ouvir bons discos, comprar bons discos, escrever poesias, textos, músicas... Sair e ir ao cinema, com meus amigos. E eu apanhei, e eu apanhei como ninguém, e nunca aprendi, sempre errei e tento mudar, tento não cometer os mesmo erros. Mas só de ouvir que esse amor não será mais meu, que esse amor nunca mais virá ao meu colo, nunca mais virá ao meu lado, eu continuo a sofrer. Agora fico com meus discos, daqui a pouco irei ao cinema com uma amiga. E quando chegar a hora de voltar voltarei. Mas eu quando fecho os olhos vejo esse meu amor ao lado de outro amor, e que esse amor nunca mais será meu...

3 comentários:

  1. Olá, xará!
    Rapaz, aprendi uma coisa nessa vida: ter um amor ao seu lado é bom, adiciona muita coisa na sua vida mas, definitivamente, não é necessário. Po, pessoas vão e voltam. Tu atravessa a esquina e pode conhecer a pessoa certa pra sua vida hoje. Vocês acabam e, atravessando a sua esquina, você encontra a pessoa certa pra você daqui a 10 anos. Não existe a pessoa certa, existe a pessoa certa pra determinado momento de sua vida. Só que você é quem escolhe qual o momento que vai se alongar.

    Abraços!

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  2. Olá, xará!
    Rapaz, aprendi uma coisa nessa vida: ter um amor ao seu lado é bom, adiciona muita coisa na sua vida mas, definitivamente, não é necessário. Po, pessoas vão e voltam. Tu atravessa a esquina e pode conhecer a pessoa certa pra sua vida hoje. Vocês acabam e, atravessando a sua esquina, você encontra a pessoa certa pra você daqui a 10 anos. Não existe a pessoa certa, existe a pessoa certa pra determinado momento de sua vida. Só que você é quem escolhe qual o momento que vai se alongar

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  3. Isso é verdade. Olhe, não costumo muito vir aqui responder os comentários, mas esse eu tinha que responder! Adorei demais, acho que foi o melhor comentário que eu já vi em toda minha vida de 13 primaveras. Pequena, não acha? rs. Porém já vivi coisas e vivo coisas que ninguém com 100 primaveras já viveu. O amor é uma coisa incrível, aparece nos melhores momentos, por ironia do destino. Muito obrigado, xará! (=
    Abraços.

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